HOMEOPATIA
Você está aqui: Para Farmacêutico > Práticas Integrativas > Homeopatia
Guia Rápido:
Histórico:
+ Os antecessores da Homeopatia
+ O Desenvolvimento da Homeopatia - Hahnemann
+ A Homeopatia no Brasil
+ A Homeopatia no Século XXI
+ Regulamentação da Homeopatia no Brasil
+ A Farmácia Homeopática
+ Perfil
+ Áreas de atuação
+ Assistência Farmacêutica
+ Atenção Farmacêutica
+ Entrevistas de rádio
+ Cursos de Formação Livre e Pós-graduação
+ Links
Imagem meramente ilustrativa
HISTÓRICO: OS ANTECESSORES DA HOMEOPATIA
O tratamento dos enfermos com substâncias medicamentosas que produziam quadros semelhantes às suas enfermidades já era conhecido pelos hindus e chineses, que as empregavam em suas terapêuticas desde a mais remota antiguidade.
Na Grécia antiga, Hipócrates, considerado o pai da medicina, dizia que a harmonia cósmica está implícita na vida de cada indivíduo e de cada coisa existente, e que o ser humano é uma unidade vital harmônica que está sujeita a influências do seu meio. Também falava das duas leis de cura que regem a terapêutica:
I - Principio dos contrários (Contraria contraria curantur): a terapêutica é dirigida contra o agente causal e se sustenta no fundamento: desaparecida a causa, suprime-se o efeito. Pode ser usada quando se conhece a causa da doença.
II - Lei da semelhança (Similibus similia curantur): a cura deve proceder de forma semelhante ao que ocorre na natureza, estimulando a Vix medicatrix naturae (um dos princípios utilizados por Hipócrates, que significa os mecanismos naturais de cura do próprio organismo, ou os mecanismos de autorregulação do organismo vivo) e, para isto, são empregadas substâncias que produzem em pessoas sãs sintomas semelhantes à enfermidade.
Galeno, que liderou o pensamento médico até a Renascença, baseou sua terapêutica na teoria dos contrários. Embora reconhecesse a importância da lei da semelhança, como atestam seus escritos, não a utilizava. Afirmava ser a doença um desequilíbrio dos humores do organismo (sangue, bílis, pituita e astrabilis) e que cabia à terapêutica restabelecê-lo. Desta forma de pensamento terapêutico originaram-se práticas como as sangrias, as purgações e a polifarmácia.
Paracelso (1493-1541), médico, botânico, astrólogo e alquimista nascido na Suíça, estabeleceu novos postulados a respeito da medicina e da terapêutica em contraposição ao pensamento de Galeno, enfatizando: o estudo da natureza, a individualização do doente, e a individualização do remédio (não só do medicamento), baseado na lei da similitude. Na sua prática médica, deu mais importância à teoria das signaturas do que à aplicação da lei dos semelhantes. Embora fosse um defensor da lei da semelhança, suas atividades relacionadas com ocultismo e esoterismo levaram Hahnemann a não fazer referência a Paracelso em suas obras.
Fonte
Cartilha Homeopatia do Conselho Regional de Farmácia do estado de São Paulo.